Apr 9, 2007


O dia passa para noite...
não que fizesse diferença,
passaste o teu tempo,
num túmulo sem luz,
que ergueste para te esconderes da vida.

Um cão ladra ao longe,
interrompe o silêncio egípcio das casas,
de luzes apagadas.
Ouves o murmurio sonolento de um carro,
o chiar de dor dos carris,
onde passa o metro,
agora vazio... como tu.

Estarás tu sozinho,
a esta hora tardia,
a ouvir a escuridão,
que te assalta o interior?

É uma pergunta sem resposta,
o medo do eco contraria,
a vontade de gritar por alguém,
que sabes não existir.


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